Por Bárbara Prince, Droide editorial da Aleph
Todo mundo ama o filme Forrest Gump, né? Não.
Mesmo com SEIS OSCARS, o autor da história original, Winston Groom, odiou. A ponto de começar a continuação do livro com a seguinte frase: “Nunca deixe alguém fazer um filme da sua vida”.,
Saiba 6 dos motivos:
SEXO, ESCATOLOGIA E PALAVRÕES
Adivinha quem faz sexo selvagem e com bastante frequência no livro? O Forrest! Enquanto na versão cinematográfica ele tem uma única relação sexual com Jenny — na qual ela engravida — no livro os dois moram juntos em diferentes períodos da vida, fazem sexo e até usam drogas, o que poderia escandalizar a audiência do filme.,
Além disso, o herói usa, em sua narrativa, frases hilárias mas nojentas, como “ficou grunhino e fazeno força que nem um cachorro tentano cagar uma semente de pêssego”. Em geral, suas falas e comportamentos inadequados tornam o Forrest de Groom o oposto do herói americano que o filme queria retratar.
FORREST INFANTILIZADO
Apesar de passar a vida toda recusando o rótulo, o Forrest de Zemeckis é, convenhamos, um idiota., Ele não entende o que acontece à sua volta e não percebe a proporção e o absurdo das situações em que se envolve. Bem diferente do Forrest do livro, com sua icônica frase “Eu era só um pobre idiota, e agora eu tinha a raça humana inteira pra cuidar”. Ele tem uma visão muito mais científica de sua condição de idiota, que é bem explicada num capítulo no qual o protagonista cursa uma disciplina em Harvard chamada “O papel do idiota na literatura”. Ali, fica claro o papel de Forrest, de explicitar o quanto os personagens à sua volta, tidos como “normais”, são os verdadeiros idiotas., Além disso, ele é um gênio da matemática e da música, o que foi completamente excluído do roteiro.
CENAS EXCLUÍDAS
Sabemos que você adoraria ver Forrest viajando para o espaço em um foguete da NASA, acompanhado por uma astronauta séria e um chimpanzé mal educado. Winston Groom também queria ter visto, mas este e outros capítulos incríveis de seu livro foram cortados na adaptação para o cinema., Nunca vamos ver Forrest aprendendo a jogar xadrez com canibais na Guiné, e isso tem bastante a ver com a mudança de tom que o diretor e o roteirista fizeram na história.